Todos os dias, recebemos inúmeros e-mails em nossa caixa de entrada, e alguns deles podem colocar nossa segurança em risco. Um simples e-mail pode ser a porta de entrada para um cibercriminoso.

No entanto, nem toda mensagem indesejada representa uma ameaça. Neste post, vamos explicar as diferenças entre spam e malspam, destacando suas características e objetivos, para que você possa identificá-los e agir de forma segura. Além disso, vamos compartilhar boas práticas para manter seus dados e dispositivos protegidos.

O que é spam?

Spam é o termo usado para definir e-mails não solicitados, ou lixo eletrônico, que podem encher nossas caixas de entrada. Eles são enviados em massa por remetentes desconhecidos, geralmente para divulgar produtos ou serviços.

Em vários países, existem leis que regulam o envio desse tipo de comunicação e aplicam multas a empresas que descumprem essas regras. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Lei CAN-SPAM estabelece diretrizes específicas para o uso do e-mail marketing por parte das empresas. No Brasil existem legislações que abordam o envio de spam, mas não há uma lei específica e exclusiva para spam, como a CAN-SPAM. Em vez disso, o combate ao spam no Brasil é feito com base em outras leis e normas que tratam da proteção de dados, do consumidor e da comunicação eletrônica.

O spam costuma ser enviado em formato de texto simples ou com conteúdo em HTML, mas também pode aparecer em mensagens instantâneas, SMS, redes sociais, chamadas telefônicas ou mensagens de voz.

E o malspam?

Cibercriminosos utilizam essas técnicas de envio em massa para tentar infectar dispositivos por meio de arquivos ou links maliciosos anexados. No campo da cibersegurança, isso é conhecido como malspam, pois une os conceitos de malware e spam.

Esse tipo de e-mail é frequentemente combinado com técnicas de phishing, que buscam conquistar a confiança do usuário ao se passar por uma instituição conhecida, induzindo-o a fornecer seus dados pessoais.

Como diferenciar o spam do malspam?

Saber reconhecer um e-mail de spam e distingui-lo de um malspam pode fazer toda a diferença entre se infectar ou não. Por isso, separamos algumas dicas práticas para identificar suas características e saber diferenciá-los:

  • Intenção/Objetivo: enquanto o spam busca vender algo (o que costuma ser incômodo), o malspam tem como objetivo infectar um dispositivo ou tomar o controle do dispositivo.
  • Conteúdo do e-mail/Mensagem: o spam geralmente inclui publicidade, promoções, entre outros. Já o malspam costuma conter arquivos maliciosos (PDF, Word, Excel, ZIP) ou links para sites falsos ou maliciosos.
  • Assunto do e-mail: enquanto o spam costuma apostar em promessas de prêmios ou benefícios, o malspam utiliza como isca frases como "Fatura pendente" ou "Pagamento em atraso", sempre tentando despertar um senso de urgência na vítima.
  • Personalização: os e-mails de spam costumam ser muito genéricos, sem nenhum tipo de personalização. Já o malspam pode parecer legítimo, pois muitas vezes é direcionado e se passa por bancos ou marcas muito conhecidas.

Por que é importante diferenciá-los?

Saber diferenciar um e-mail de spam de um malspam é essencial para redobrar a atenção e evitar infecções ou golpes planejados por meio desse tipo de envio. Enquanto a consequência do spam geralmente se resume a uma caixa de entrada lotada, ser vítima de malspam pode resultar na perda de dados pessoais ou sensíveis, no fornecimento de acessos não autorizados a cibercriminosos ou até em fraudes e golpes financeiros.

Em resumo, o risco associado ao spam é baixo (apesar do incômodo causado pelo excesso de mensagens), mas não identificar um e-mail de malspam pode ter consequências graves e até mesmo bastante caras.

Como se proteger

Felizmente, existem ações simples e eficazes tanto para evitar o incômodo do spam quanto para reduzir o risco de ser vítima de malspam. Anote aí:

  • Evite compartilhar seu e-mail indiscriminadamente em sites: isso ajuda a reduzir o recebimento de mensagens indesejadas.
  • Crie um e-mail descartável para newsletters ou cadastros: essa é uma boa forma de manter sua caixa de entrada principal limpa e livre de "lixo digital".
  • Desconfie de e-mails com anexos ou links, mesmo vindos de remetentes conhecidos: se você receber um e-mail inesperado com arquivos ou links suspeitos, o melhor a fazer é entrar em contato diretamente com a pessoa antes de abrir. Pode ser um caso de malspam.
  • Na mesma linha, se a mensagem vier de um banco ou de uma marca conhecida, é importante verificar nos canais oficiais da instituição se se trata de algo legítimo.
  • Uma regra de ouro para esses casos: órgãos oficiais nunca pedem dados pessoais, nem enviam formulários online ou arquivos para download.
  • Desconfie de toda oferta ou promoção que pareça boa demais para ser verdade.
  • Implemente uma solução de segurança com software antispam, que evite e/ou bloqueie a abertura ou o recebimento de e-mails indesejados ou não solicitados.

Conclusão

Recebemos e-mails todos os dias, muitos deles são apenas publicidades incômodas e repetitivas. No entanto, outros podem esconder intenções muito mais perigosas e prejudiciais. Saber identificar as características de um e-mail de malspam e estar ciente dos riscos que ele representa é o primeiro passo para manter seus dispositivos, dados pessoais e informações financeiras seguros e protegidos.